Há muito tempo a direção mecânica tem sido deixada de lado. Os motoristas preferem uma direção mais leve, facilitando a condução no dia-dia, principalmente, na cidade, onde precisa se estacionar e manobrar o carro frequentemente. As direções disponíveis hoje nos veículos são: hidráulica e elétrica. Você sabe a diferença entre elas?
Direção hidráulica
O sistema de direção hidráulica é dotado de uma bomba hidráulica, um reservatório de óleo e uma série de mangueiras de baixa e alta pressão que ficam encarregadas pela circulação do fluido. No Brasil, o primeiro carro a ter esse sistema foi um Ford Galaxie de 1967.
A bomba hidráulica, alimentada pelo movimento de uma correia interligada ao motor, faz o fluido do sistema circular. No momento em que o motorista gira o volante, o fluido sob pressão atua no mecanismo, reduzindo a força a ser empregada. Para tal, há uma válvula que abre e fecha quando o volante é virado de um lado para o outro. Quando ela se abre, permite que o óleo sob pressão aplique uma determinada força no pistão que vai acionar a barra de direção.
Esse sistema consegue diminuir o esforço do motorista em até 80%, dependendo do veículo.
- Vantagens: Sensação de dirigir mais completa, pois, dá um melhor “feedback” do peso do carro e da tração do pneu.
- Desvantagens: é mais pesado se comparada com a direção elétrica; gasta mais combustível, pois, exige mais do motor; e exige mais manutenção, pois envolve mais acessórios mecânicos, e exige a substituição do óleo, assim como a checagem do reservatório. Também é necessário fazer o alinhamento e a troca da correia do motor que ativa a bomba hidráulica.
Direção elétrica
A direção elétrica é mais moderna e eficiente que o sistema hidráulico. Também está cada vez mais presente nos veículos, principalmente nos compactos. O primeiro carro a usar tal conjunto foi o Suzuki Cervo, em 1988.
O funcionamento dela é por meio de um motor elétrico posicionado na barra de direção, na coluna de direção ou na cremalheira. Este motor tem sensores que conseguem detectar o movimento efetuado pelo motorista no volante. Eles transferem os sinais para um modo eletrônico que aciona a unidade elétrica, auxiliando no movimento da direção e, consequentemente, diminui ainda mais o esforço do condutor.
- Vantagens: Mais eficiente, pois gerencia melhor a energia do carro e exige menos do motor. Necessita de menos manutenção e consome até menos 5% de combustível se comparado com o sistema hidráulico, por usar menos força do motor.
- Desvantagens: A direção elétrica reduz a sensibilidade ao volante, chamado de “feedback”, dando uma sensação mais artificial ao dirigir. Caso precise de mão-de-obra tem um custo alto.